CD Almodôvar 1-1 GD Renascente
O alinhamento das formações antes do apito inicial

CD Almodôvar – Marco Hortense, Daniel Galan (Pedro Silva aos 13min), Pedro Pacheco, Bruno Fernandes, Luís Godinho, Perota, Lopes, Fábio, André Gaio (João Francisco aos 73min), Ricardo Aimar e Jorge Belchior (João Mendonça aos 62min)

Suplentes não utilizados – João Sousa, Bruno Guerreiro, Zé Pedro e Nélson

Treinador – António Calado

GD Renascente – Cristiano Toco, Vivaldo Candeias, David Neves, Hugo Marreiros, Nilton Reis, Tiago Marreiros, Flávio Oliveira, Diogo Albano (Joel Reis aos 85min), João Soares, Tommy (Nicolau Albarran aos 90min) e Carino (Diogo Jesus aos 60min)

Suplentes não utilizados – Ricardo Soares, Miguel Nunes, Leonel Pinto e Diogo Rosa

Treinador – Luís Miguel

Equipa de arbitragem – Bruno Duarte auxiliado por Jorge Aniceto e José Tomé

Disciplina – cartão amarelo a Lopes (64min e 82min), Pedro Pacheco (66min), Tiago Marreiros (71min), Diogo Albano (75min), Flávio Oliveira (85min); cartão vermelho a Pedro Silva (77min), Lopes (82min), Cristiano Toco (90 +5min) e Leonel Pinto (90+5min)

Marcadores – 1-0 por Tommy (54min) 1-1 por Ricardo Aimar (90+5min g.p.)

O primeiro jogo entre Almodôvar e Renascente jogou-se este ano por mútuo acordo de ambas as direcções, no Complexo Desportivo de Almodôvar, devido as obras de melhoramento dos balneários do Campo das Figueiras, que ainda decorrem.
Em dia cinzento a condizer com quase toda a primeira parte desta partida, poucas foram as vezes em que ambas as equipas causaram perigo junto das balizas, no 1º tempo. Até ao quarto de hora de jogo não tínhamos ainda assistido a qualquer lance de grande perigo.
Á passagem do quarto de hora de jogo destaque para Toco, hoje titular. a recolher bem um livre apontado na esquerda do ataque do Almodôvar. Do outro lado através de uma saída em contra ataque, Tommy a cruzar para o guardião Marco Hortense.
Aos 21 minutos era Diogo Albano quem de longe tentava surpreender o guardião da casa.
Assistíamos agora a um período de jogo em que a equipa do Renascente possuía a bola mais tempo em seu poder, todavia sem criar grandes lances de perigo e já com o cronómetro nos 35 minutos de jogo íamos assistindo a um jogo fraco de parte a parte.
Entravamos nos últimos cinco minutos da primeira parte e jogo agitava mais um pouco, primeiro o Almodôvar a chegar bem perto da área do Renascente com um cruzamento que Cristiano Toco, rápido a sair, evita o pior para as suas redes.
Aos 43 minutos de jogo, o melhor lance da partida até então, após cruzamento na direita do ataque do Renascente, João Soares à entrada da área a rematar com a bola ainda a beijar a barra da baliza à guarda de Marco Hortense.
Já sobre o minuto 45, destaque para Diogo Albano a rematar à entrada da área, após bom lance de Tommy, para aquela que foi a defesa da tarde de Marco Hortense.
Chegávamos ao final de uma primeira parte fraca, mas com a equipa do Renascente a acabar por cima da partida.
Carino fabricou a jogada do golo do Renascente
A segunda parte voltou a trazer o Renascente dos últimos minutos do primeiro tempo e ao minuto 54, grande lance de Carino a ganhar na raça no flanco direito a um defesa da casa, num lance em que só o próprio acreditou, ganhando a linha e cruzando para o interior da área onde aparece Tommy que só tem de rematar para a baliza deserta do guardião do Almodôvar que tinha ficado a meio da viajem. Estava inaugurado o marcador e para a equipa do Renascente.
Atingíamos a hora de jogo e a equipa do Renascente era quem ia mandando no encontro. 
Os minutos seguintes foram de algum desnorte da equipa da casa, estando o Renascente a maior parte do tempo próximo das redes do Almodôvar, que viria a perder um primeiro jogador da sua equipa ao minuto 77 após falta sobre Tommy que seguia isolado para a baliza, vendo Pedro Silva que havia entrado para o lugar de Daniel Galan ao minuto 13, a cartolina vermelha, num lance sem qualquer tipo de duvidas.
Entravamos nos últimos dez minutos do tempo regulamentar e o Renascente ia causando maior perigo embora não conseguido chegar ao segundo da partida.
À passagem do minuto 82, nova expulsão na equipa da casa, desta feita Lopes a ver a segunda cartolina amarela após travar em falta Diogo Jesus na esquerda, que seguia a grande velocidade para a baliza do Almodôvar. A equipa da casa ficava assim reduzida a 9 unidades.
Até ao minuto 90, e fruto também da superioridade numérica, a equipa do Renascente esteve quase sempre próxima das redes da equipa da casa, mas não conseguia dilatar a vantagem escassa que possuía no encontro, muito por culpa própria.
A equipa do Renascente esteve sempre mais próxima da baliza adversária
O juiz da partida dava mais cinco minutos para se jogar, que se justificavam tendo em conta algumas paragens que se juntavam às substituições efetuadas por ambas as equipas e nos minutos finais assistimos ao que veio a ser um autêntico balde de água fria para a equipa do Renascente, pois a equipa do Almodôvar, sem nada a perder, começou a jogar direto na frente e no segundo minuto de compensação Cristiano Toco defendia bem um remate perigoso já no interior da sua área.
Com as incursões na frente a equipa da casa ficava ainda mais descompensada atrás, mas o remate de Diogo Jesus saia por cima do travessão de Marco Hortense.
Já em cima dos 95 minutos de jogo, lance para grande penalidade favorável à equipa do Almodôvar após um dos seus jogadores ganhar em velocidade na frente a ser derrubado pelo guardião Cristiano Toco, com o árbitro a mostrar a cartolina encarnada ao guarda-redes da equipa do Renascente. Com as três substituições efetuadas, é o defesa central Nilton Reis quem calça as luvas e vai para a baliza. Na cobrança, Ricardo Aimar a fazer a igualdade, num remate em que Nilton Reis ainda adivinhou o lado, ficando bem próximo de defender o esférico. O jogador do Almodôvar fez questão de festejar o golo junto do banco de suplentes da equipa do Renascente, gerando-se a confusão, saindo o central Leonel Pinto também expulso.
O jogo não acabaria ainda sem a equipa do Renascente chegar novamente próximo da baliza do Almodôvar, com o ultimo lance do encontro a ser um pontapé de canto e um dos seus jogadores a cabecear por cima.
Final da partida, divisão de pontos, num resultado que tendo em conta o que as duas equipas produziram em campo, é cruel para a equipa do Renascente, mas que vem castigar a falta de maior discernimento junto da baliza adversária por parte da equipa de São Teotónio, principalmente após as expulsões da equipa da casa, bem como a intranquilidade da sua defensiva dos minutos finais.
Luís Soares

O Treinador Adjunto Idálio Loução falou acerca do jogo em que a sua equipa saiu com um empate com sabor a derrota.

Idálio Loução

Hoje um empate com sabor a derrota pela forma como aconteceu, isto porque, em especial na segunda parte, o Renascente foi a equipa que maior perigo causou…
Sim de facto foi essa a sensação com que todos ficamos depois de dominarmos o jogo do princípio ao fim. Defensivamente muito bem a anularmos os atacantes da equipa adversária e saindo a grande maioria das vezes com a bola controlada, ora alternando com diagonais para os nossos laterais subirem por forma a meter mais gente no ataque. Ofensivamente criamos jogadas, boas movimentações e boas situações de golo iminente que não conseguimos traduzir em golo. No entanto foi um jogo muito bem conseguido da nossa equipa, privilegiando a posse de bola e partindo para o ataque organizado. Vi uma equipa com personalidade que começa aproximar-se daquilo que nós, equipa técnica, pretendemos para o resto do campeonato. Agora é certo que o jogo só termina quando o árbitro apita e num lance infeliz nosso, em que o árbitro não marca canto claro a nosso favor (fazendo-me lembrar o jogo frente ao Sabóia em circunstâncias diferentes é certo, mas que condiciona o resultado final), uma bola bombeada na frente e pronto uma situação infeliz para nós, mas que temos que saber conviver, tirando exemplos, para um futuro próximo.

É certo que acabamos por ser bastante perdulários na frente de ataque, mas com mais duas unidades em campo a partir dos 80 minutos, devido à segunda expulsão de um jogador da equipa da casa, não se justificaria uma táctica mais ofensiva, preterindo um dos centrais?
A ganhar 1-0 a poucos minutos do fim e com mais uma unidade em campo tens que guardar a bola e circula-la por todo o campo esta é uma regra básica do futebol e foi o que aconteceu, circulamos, fizemos o adversário correr, e de forma organizada podíamos ter “matado” o jogo” com chances claras de golo. Contrariamente ao que se pensa não tem que se tirar jogadores para ficar mais ofensivo, até porque, estávamos muito bem organizados com os tais 3 defesas e com os dois alas Vivaldo e Tiago Djiga muito bem, a apoiarem o ataque, porque a grande maioria das vezes apareceram na linha de fundo a criarem inúmeros desequilíbrios, mais três médios, um deles bem mais ofensivo e mais 2 avançados por isso mesmo, é contraditório dizer-se que não é uma táctica claramente ofensiva, sendo que tivemos quase sempre em posse no meio campo adversário.

Próxima encontro é diante do Odemirense, um derby bastante emotivo para os adeptos. O que podemos esperar da equipa do Renascente?
É mais um jogo, naturalmente que tem uma carga emotiva muito grande para os adeptos, agora para a equipa é a 5ª jornada e vamos a Odemira para ganhar como sempre o fazemos, por vezes podemos é não consegui-lo, mas isso é outra história. Os adeptos podem esperar sempre, mas sempre muito empenho muito trabalho e a vontade de vencer e de dar alegrias ao seus sócios e simpatizantes que nos têm vindo acompanhar, e que só com o apoio deles podemos fazer ainda mais a DIFERENÇA, porque somos um clube especial, uma terra especial com gente que gosta muito de futebol! Agradecendo o apoio de todos, que possamos também fora de campo ganhar este dérbi!